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SOBRE A OCUPAÇÃO DE ESCOLAS PÚBLICAS (o único protesto 100% pacífico é a parada gay)


Todo espaço público é aberto a todos, desde que se respeite a finalidade do local em questão. As escolas públicas não são diferentes. Suas ocupações não podem obstruir sua finalidade: de educação, de ensino e aprendizagem. Não podemos comemorar o carnaval num hospital público e muito menos atender os doentes em praça pública. Os dois locais são públicos, abertos, mas de finalidades distintas. Isso já é o bastante para que o bom-senso nos revele que as ocupações de escolas públicas não atendem o princípio de legitimidade. E ainda poderíamos considerar o fato de poucas pessoas retirarem o direito de estudar muitas pessoas. Inclusive de estudantes que concordam com as reivindicações, desde que em local adequado.

                Os protestos que se iniciaram em 2013 contra a política, partidos e governos, foram feitos em locais adequados: nas ruas e praças. O fato de esses protestos serem de natureza política, invadir o congresso e o palácio do planalto retiraria toda sua legitimidade. Assim como há, amiúde, ilegitimidade no uso da força ao reprimir protestos, também há protestos não legítimos, por diversas razões. Se os protestos são, geralmente, um modo de expor a ilegitimidade de uma ação, isso reforça a necessidade deles não incorrer no mesmo erro.

                As ocupações de escolas públicas têm como alvos a PEC que congela os gastos públicos por 20 anos e a reforma do ensino médio. Equívocos e acertos são discutíveis. Mas não entro nesse mérito. Ainda que esses alvos dos protestos sejam de fato, grandes erros do governo, as ocupações não são realizadas em locais adequados, pelo exposto acima.



              Fica evidente que as escolas públicas secundaristas são palcos de discurso político de esquerda. E como ocorre esse processo de manipulação ideológica dos estudantes, universitários e secundaristas, vou tratar a seguir.  

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